quarta-feira, 31 de agosto de 2011

SER COACH


Ser coach é uma grande responsabilidade... não apenas isso, é uma notável dádiva.
Recebemos o dom de usar a palavra, o olhar, as nossas expressões e até mesmo o silêncio.
O dom de buscar dentro de nós, o melhor que temos para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.
Ser coach é uma tarefa extremamente importante, delicada e séria.
Mas não apenas isso, é também um grande privilégio, pois não há maior dom que o de tocar no que há de mais precioso e sagrado em um ser humano: seus segredos, seus medos, suas alegrias, prazeres e inquietações.
Somos coaches e sabemos da responsabilidade quando constatamos que temos instrumentos capazes de favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.
Porém, juntamente com isso, desfrutamos da grande benção e alegria de poder dar a alguém a chave que pode abrir portas para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.
Quero, como coach, aprender a ouvir sem julgar, ver sem me escandalizar e sempre acreditar no bem.
Mesmo na falta de esperança, esperar.
E quando falar, ter consciência do peso das minhas palavras, dos conselhos, da sinalização.
Que rolem diante de mim as lágrimas, os pensamentos, as declarações e as esperanças testemunhadas, os quais serão segredos que me acompanharão até o fim.
E que eu possa ao final, ser agradecido pelo privilégio de ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.
O privilégio de tantas vezes ter sido o único na vida de alguém que não tinha com quem contar para dividir sua solidão, suas angústias, seus desejos.
Alguém que sonhava ser mais feliz e pôde, comigo.
Descobri que isso só começa quando conseguimos realmente nos conhecer e nos aceitar.



AUTOCONHECIMENTO


A confusão e a incerteza observadas por toda parte, revelam um estado de crise que esconde um profundo mal-estar. A irritação cresce e a luta pela vida e pelos próprios interesses tornam as pessoas cada vez mais inquietas.
Observamos agora, mais do que nunca, que a fonte de todos os males está na falta de conhecimento, principalmente de autoconhecimento. Este último, é a busca de conhecer a si mesmo, e a explicação de como e o que é conhecido por si mesmo. É distinguido do conhecimento de coisas exteriores à pessoa, por ser imediato, não dependendo de evidências. É, muitas vezes, fruto da introspecção, pois o sujeito tem acesso privilegiado aos próprios pensamentos, conhecendo-os de maneira que outros usualmente não conhecem.
Pode-se conduzir o autoconhecimento de duas formas básicas: a positiva e a negativa. Para um desenvolvimento sadio, devemos eliminar as emoções negativas, pois elas não permitem uma mudança profunda e completa. Não é possível obter a transformação interior se ainda possuirmos emoções negativas, que são verdadeiramente prejudiciais.
Para melhorar a forma de pensar é necessário, antes de tudo, trabalhar a inteligência emocional do indivíduo.
Desse modo, o coaching trabalha todos os níveis emocionais e auxilia o indivíduo a ter uma melhor compreensão de si mesmo. Sabe-se que o autoconhecimento é o mais poderoso fator de progresso. Porém, para que ele seja completo, deve-se analisar a vida sob todos os seus aspectos, visíveis e invisíveis, em toda sua plenitude.
O coach tem pois, um dever imediato a cumprir: esclarecer sobre a necessidade de lutar por um objetivo superior, ter fé em si mesmo e a consciência segura de que, partindo do seu eu interior, tudo é possível. Até mesmo o que a ingenuidade chama de milagre – a transcendência do que é possível.